O Dr. Google

Quem me conhece identifica em mim um grande defeito (que, noutras circunstâncias, também pode ser visto como uma qualidade): eu pesquiso muito e procuro sempre compreender as coisas que me acontecem.
Assim, escusado será dizer que tenho feito uma intensiva pesquisa acerca da minha atual condição naquela que é a enciclopédia ao dispor de todos os cidadãos: o Dr. Google!

É evidente que faço a triagem das coisas que vale a pena ler e tento dar atenção apenas aos artigos que me parecem minimamente credíveis.
É obrigatório fugir das histórias assustadoras de pessoas que partiram inúmeras vértebras e têm inúmeros problemas. 
Enfim, é preciso ir com o espírito que cada caso é um caso e que o relatado na internet não abrange todas as situações que podem acontecer.

Da minha pesquisa já pude apurar que o uso colete S.O.M.I. é muito raro. Ainda só encontrei uma pessoa a fazer tratamento com este equipamento e nem é por causa de uma fratura.

Por outro lado, fiquei a saber que fraturei o pedículo da C2 e que, efetivamente, essa fratura é denominada "fratura do enforcado", embora não seja o nome mais correto atenta a forma como a fratura ocorre.

Também já "estudei" a forma como ocorre a consolidação das fraturas e é deveras espantosa a capacidade do nosso corpo em regenerar-se.

Já fiquei também a saber que há muitas pessoas a viver durante algum tempo com a fratura da C2 sem saberem que a têm. 
Esta informação em particular deixa-me um pouco descansada atento o meu medo constante que ocorra um desvio da fratura ou algo do género.

Em suma, pesquisar no Google pode ser, como dizia o famoso pensador futebolístico, "uma faca de dois legumes". 
Pode ser bom porque nos ajuda a compreender como funciona o nosso corpo; pode ser mau porque lemos histórias absolutamente assustadoras que nos deixam em pânico.

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